Data: 29 de Junho de 2022 – por Julio Ernesto, Head de Eficiência Comercial e Marcelo Paciolo, Head de Supply Chain, ambos da AGR Consultores
Em nosso último artigo – “Por que Dark Stores são importantes para distribuição Logística” – abordamos sobre o conceito e o papel das Dark Stores ao longo de toda cadeia de distribuição.
No artigo de hoje, iremos mergulhar nesse tema de maneira prática. Listamos os principais fatores a serem levados em consideração para uma implantação sem muitos “soluços”. Confira abaixo os 7 fatores que você precisa aprofundar antes de abrir uma Dark Store:
O imóvel: Para qualquer estudo de Dark Store, esse é um dos primeiros aspectos a ser analisado, e é fundamental estar em um ponto próximo do seu cliente final para otimizar o tempo de entrega. Aqui o desafio é equilibrar o custo possivelmente mais elevado por melhor localização e a redução dos custos com transporte.
A Estrutura: Não é demais reforçar o quão essencial é buscar imóvel com área apropriada para carga e descarga de veículos e avaliar os possíveis horários de restrição da zona urbana (seja residencial ou comercial. É comum inobservâncias destes aspectos, colocando em risco o sucesso do modelo.
3. Modus Operandi: Considerando que o imóvel e toda sua respectiva parte estrutural já está devidamente verificada, entramos nos detalhes da operação, bem como, no layout da Dark Store. Antes de iniciar, uma decisão é necessária: A Dark Store irá operar no modelo híbrido (aberta ao público e Hub de distribuição) ou apenas como Hub Logístico? Para a configuração do layout essa decisão é crucial, pois são modelos de operação completamente diferentes que impactam não apenas no layout, mas também na expertise (operacional e sistêmica) de operacionalização da expedição de pedidos pelo canal online e no atendimento presencial de clientes. Neste fator, definem-se as janelas de agendamento para recebimento de mercadorias além de um padrão de entrega que possa otimizar o tempo de descarregamento, a descrição dos processos críticos e a gestão interna no processamento de pedidos apoiada por tecnologia específica, que permita o controle da entrada, movimentações internas e expedição de pedidos.
Mão de Obra: No estudo de viabilidade sugere-se contemplar cenário com mão de obra própria ou terceirizada e independentemente do caminho a ser adotado, e por ser relativamente um modelo novo de trabalho, a padronização e o respectivo treinamento da equipe são essenciais para desenvolvimento e maturidade da operação.
Mix de Produtos: O estudo do mix de produtos aliado a estratégia de replenishment é fundamental para sobrevivência da Dark Store. Com espaços limitados para armazenagem é uma obrigação ter um estoque que gire rapidamente e com baixos índices de ruptura.
Gerenciador de Pedidos: Para que a operação entregue a maior eficiência, é essencial que se tenha um orquestrador de pedidos de qualidade e devidamente parametrizado. Certamente que um sistema precisa de toda a inteligência construída e traduzida em parâmetros que conduzirão às melhores sugestões de rotas, alocação de recursos e serviço de qualidade.
Indicadores para gestão: Apesar de ser um jargão clássico no mundo corporativo, nunca é demais reforçar que “quem não mede não gerencia”, e no caso das Dark Stores, não seria diferente. Portanto, destacamos alguns indicadores essenciais para acompanhamento de performance das Dark Stores:
Giro de estoque
Produtividade
Capacidade de armazenagem
Custo
Tempo médio de atendimento
KPIs de gerenciamento de pedidos, como exemplo, OTIF
Índice de avarias
Lembre-se: como em todo e qualquer novo modelo de operação, o ciclo de gestão e melhoria contínua é essencial, mas o planejamento robusto contribuirá e muito com as chances de sucesso!
*Este conteúdo foi extraído do e-book Dark Store – Da adoção do modelo à implementação e gestão, por Julio Ernesto e Marcelo Paciolo, Heads de Eficiência e Gestão e Supply Chain, que será disponibilizadoem breve no nosso site! Continue nos acompanhando para mais detalhes.